A cena era sempre a mesma.

Mariana acordava, tomava banho correndo, passava o café e já sentava no computador. Tinha mil coisas para resolver.

Instagram, cliente, WhatsApp, fornecedor, funcionário.

A cabeça rodava mais rápido que carro de fórmula 1, mas ela já estava acostumada.

Do outro lado da casa, André, seu marido, se levantava, tomava café com calma e saía.

Quando voltava, largava a bolsa no sofá, o tênis na porta e, claro, a toalha molhada na cama.

Ela respirava fundo. De novo não.

Mariana: "Amor, tu pode só botar a toalha no varal?"

André: "Eu levo já."

Mas o "já" nunca chegava.

O problema não era a toalha.

Era a sensação de que tudo dependia dela.

Era o fato de ter que lembrar ele de algo óbvio, algo tão simples...

Era o peso de estar sozinha, até quando ele estava por perto.

E pior: isso não era só dentro de casa.

🔸 Ele não entendia o que Mariana fazia.

🔸 Ele não via o tempo que Mariana passava estudando, tentando crescer.

🔸 Ele achava que aquilo era um passatempo, uma brincadeira, um extra.

Mariana já sabia que explicar não adiantava.

Homem só entende na prática.

Então ela tomou uma decisão.

💡 Se ele não ia entender pelo discurso, ele ia entender pela experiência.

Certo dia, Mariana estava na cozinha fazendo o jantar, cuscuz com charque e queijo, era a comida

favorita dele. (Bem... Ela queria agradar ele)

Ela viu um patrocinado no Instagram falando sobre o PBXP 2024 com +30 palestrantes, viu que o ingresso VIP já ia virar o lote e foi lá adiantou a compra dividiu em 10 parcelas de R$ 46,70!

Até que havia outro ingresso mais barato, mas ela queria uma experiência completa...

(Mulher é muito disso, toma decisões rápidas! Mariana viu que o preço da parcela não chegava nem na metade com o que ela gastava de manicure no mês, nem pensou duas vezes...)

Eram 3 dias de evento, no primeiro, ela foi sozinha.

Achou que ia ser só mais um evento com palestras rasas...

Mas quando chegou lá…

O que encontrou foi um mundo novo.

📌 Gente que falava a mesma língua que ela.

📌 Gente que não perguntava se aquilo dava dinheiro – mas COMO ganhar mais.

📌 Gente que, como ela, estava cansada de ralar sozinha e não ver retorno.

Ela voltou pra casa diferente.

Ela sabia o que precisava fazer.

Ela tinha estratégia, clareza, confiança.

E pela primeira vez, ela viu que não precisava fazer tudo sozinha.

Quando chegou em casa, André percebeu.

André: "Eita, mulher… tu tá diferente."

E aí veio a lapada final.

Mariana: "Vá separar sua roupa que amanhã de manhã, tu vai comigo."

Ele resistiu, claro.

André: "Mas isso é pra mim? Pra quê?…"

Assim... Mulher é mulher e ele acabou obedecendo ela...

E pela primeira vez, ele entendeu.

Entendeu o que era empreender de verdade.

Entendeu o peso de ser a mulher que carrega tudo nas costas.

Entendeu que aquele "trabalho extra" dela era, na verdade, um império esperando para crescer.

E entendeu, finalmente, que ele podia ajudar ela.

Naquela noite, ele estendeu a toalha no varal antes mesmo dela pedir.

💡 Não porque Mariana mandou.

💡 Mas porque André finalmente entendeu o que ela passava no dia a dia.